terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Redomas de Calor


A cena é clássica: depois de uma semana agitada, muito trabalho e calor insuportável, nada como um fim de semana em contato com a natureza. Barraca, saco de dormir, comidas enlatadas, equipamento de pescaria, máquina fotográfica e roupa apropriada: short e camiseta. À noite, porém, um frio inesperado, que não estava nas previsões meteorológicas do jornal da sexta-feira, ameaça o humor dos campistas brasileiros. Ao mesmo tempo, a 8 000 quilômetros de distância, uma elegante senhora parisiense, equipada para enfrentar o inverno europeu, passa boa parte de seu dia no transporte público, aquecido a 23°C, enrolada num espesso casaco de lã. “Isto é o que chamo de perda total de noção de clima”, explica a climatóloga Gisele Escourou, professora da Universidade Paris – Sorbonne e pesquisadora do CNRS (Center National pour la Recherche Scientifique). 

Gisele Escourou passou os últimos vinte anos estudando as mudanças de clima e de temperatura entre os limites do perímetro urbano, e suas conseqüências sobre o batalhão de habitantes que se espreme neste ínfimo pedaço de território mundial. De fato, nada menos que 50% da população do planeta habita hoje um centro urbano. No século XXI, as estimativas saltam para 80%. Cerca de 70% dos brasileiros e 80% dos franceses já moram nas cidades grandes. Mais de 80% dos belgas são citadinos, assim como os norte-americanos, japoneses, israelenses, chilenos e australianos. Para abrigar este heróico exército, toneladas de concreto foram superpostas, milhares de motores funcionam ininterruptamente e toda a parafernália do progresso avança de forma inexorável. 
“Criamos microclimas que são cada vez mais diferentes do espaço externo às grandes cidades”, explica Gisèle. “Hoje constatamos que Paris, por exemplo, tem um inverno ameno, onde não há mais neve, os dias de neblina são raros e a temperatura chega a ser 14° mais elevada que na periferia. Criamos uma ilha de calor no centro das aglomerações urbanas. Ela é mais espessa no centro e mais rala à medida que se distancia dele.” 

O fenômeno ocorre praticamente em todos os cantos do globo, exceto nas cidades onde há muita água, como é o caso de Phnom Penh, capital do Camboja. Não é difícil entender o porquê desta distorção climática. “Tudo está intimamente ligado à falta de espaços verdes e à impermeabilização do solo”, diz a climatóloga. No campo, a água da chuva se estoca no chão, formando uma espécie de reserva para aevaporação, enquanto nas cidades a água da chuva é escoada para os rios. Boa parte da energia dos raios solares que incidem sobre a paisagem do campo é utilizada no processo de evaporação.

Para evaporar 1 grama de água são necessárias 600 calorias. O que sobra é pouco para aquecer o ambiente, já no segundo caso, toda energia solar é utilizada no aquecimento, pois não há água para evaporar. Mesmo quando não chove, a relação se mantém. É que as folhas das árvores transpiram com ocalor, criando líquido que utilizaria energia. “Nas cidades, não há árvores e por isso não há nenhum tipo de evaporação”, diz Gisèle. Outros fatores contribuem à formação deste microclima: as habitações, geralmente pouco adaptadas ao clima local, guardam o calor recebido durante o dia para refleti-lo à noite. Os equipamentos de climatização e todos os outros aparelhos consumidores de energia aquecem o ambiente e não se pode negligenciar a poluição causada pelos automóveis. Estima-se que essa energia corresponda ao dobro da emitida pelo Sol. 

“A linha de calor que criamos sobre as cidades influencia, por sua vez, o clima de toda a região à sua volta”, adverte a professora. As nuvens que trazem chuvas muitas vezes se separam em dois blocos, quando se aproximam das cidades. Ambos passam ao largo da “carapaça” de calor, sobem, se resfriam e caem sob forma de abundantes chuvas na periferia das cidades. Se o calor é mais forte, a radiação solar diminui, pois as diversas partículas suspensas na atmosfera, como a poeira e o aerossol, mais abundantes nas grandes cidades, absorvem parte desta radiação e difundem outra parte em todas as direções. A radiação de curto comprimento, como os raios, ultravioleta, por exemplo, são ainda mais absorvidos pelas partículas de aerossol. Isso explica a palidez dos habitantes das grandes cidades, principalmente nos meses mais frios. 

No inverno, quando os raios solares estão mais inclinados em relação ao horizonte, atravessam uma camada mais espessa da atmosfera e, por isto, encontram mais partículas e mais aerossol. A luz se dispersa e cria o efeito de palidez. Porém, mais grave que a aparência sombria da população urbana é a sua falta de adaptação às mudanças climáticas. “Geralmente vivemos num microclima”, constata Gisèle. É que, nos países quentes, as pessoas estão sempre em locais refrigerados, enquanto nos de climatemperado há aquecedores por toda parte. A casa, o trabalho, a escola, o transporte e o comércio mantêm, durante todo o ano uma temperatura quase constante. Essa dupla inadaptação ao climaoriginal de cada região faz com que as pessoas percam a noção de frio e calor

Esse fenômeno pode ser traduzido em números. Quando o calor aumenta brutalmente, sobretudo à noite, e as defesas do organismo estão enfraquecidas, cresce também a taxa de mortalidade nas grandes cidades. A onda de calor que atingiu a Inglaterra em 1976, por exemplo, aumentou em 10% o número de mortes por doenças cardíacas. Na cidade de Marselha, no sul da França, o aumento datemperatura ocorrido em julho de 1983 provocou um salto na mortalidade: de 39,6 – a média por dia para este período – subiu para 88. 

Se, depois de três ou quatro dias, o calor ou o frio demasiado persistem, o índice de mortalidade abaixa, porque o organismo se ajusta à nova condição climática. 
A equipe de Gisèle Escourou chegou ainda a uma conclusão polêmica – o aquecimento das grandes cidades, devido à “ilha de calor” criada pelo homem, pode estar mascarando os dados sobre o efeito estufa. Causado pela emissão excessiva de poluentes, principalmente o dióxido de carbono, o efeito estufa elevaria a temperatura do planeta e traria conseqüências drásticas para seus habitantes, como o derretimento do gelo em regiões polares, aumentando o nível dos oceanos e inundando algumas cidades costeiras. Estima-se que a temperatura média da superfície do globo possa aumentar de 1,5 a 4,5°C até o ano 2050. para Escourou, o efeito estufa como fenômeno global pode estar sendo tratado de forma um tanto exagerada. 

De fato, a temperatura da Terra aumentou 0,7°C nos últimos 100 anos. Essa mudança, no entanto, não é homogênea. As grandes cidades apresentam hoje temperaturas mais elevaas, e tendem a se aquecer ainda mais. Outras regiões, porém, registram baixas em seus termômetros. É o caso da Ilha de Ouessant, no noroeste da França. Por não sofrer os efeitos da urbanização a temperatura diminuiu 0,4°C nos últimos dez anos, enquanto em Paris houve um aumento de 1,5°C. Isto significa que o efeito estufa pode estar ocorrendo apenas nos centros urbanos. Se for este o caso, não se trata apenas de um fenômeno ambiental. Seria a própria urbanização – uma mistura de poluição, habitações mal adaptadas, consumo de energia, falta de evaporação e de ventos – a causadora da “carapaça de calor” responsável pelas variações climáticas. “Ainda não estudamos a questão a fundo, mas talvez a catástrofe não seja tão grande como estamos prevendo”, diz Gisèle. 

“Os dados do efeito estufa não são tão gerais assim”, rebate o especialista Hervé Lê Treut, do Laboratório de Meteorologia Dinâmica da renomada ENS (École Normale Supérieure) de Paris. “Não podemos esquecer que as temperaturas para o estudo do efeito estufa são normalmente recolhidas nos oceanos, assim como nas cidades. Tentamos isentar esses dados dos efeitos da urbanização, embora nem sempre seja tão fácil.” As duas teorias se cruzam, no entanto, num mesmo ponto: a ação do homem. Poluição, urbanização ou ambos não passarão incólumes ao crivo da natureza.




São Paulo: sem neve nem garoa 

No dia 21 de agosto de 1989, imagens de satélites geradas no INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em São José dos Campos – revelaram uma situação curiosa: enquanto no centro de São Paulo, Santo Amaro e zonas industriais os termômetros registravam 31°, no Morumbi e no Parque do Ibirapuera, a temperatura não ultrapassava os 22°. Essa diferença de 9 graus se deve às ilha de calorque dominam o centro da cidade e os lugares de concentração industrial, bem mais poluídos também. Já no Morumbi e Ibirapuera com áreas verdes, as temperaturas são mais baixas. Ao mesmo tempo, nas zonas periféricas o clima continua o mesmo, embora influenciado pelas mudanças ocorridas no centro, a 30 quilômetros de distância. 

As distorções climáticas que ocorrem na cidade ao longo dos anos podem ser medidas não apenas pela elevação da temperatura como também pelo aumento na quantidade de chuvas que cresceu entre 9% e 10%. A garoa, marca registrada de São Paulo, não existe mais. É que o aumento da temperatura fez com que diminuísse a umidade relativa do ar e com isso a famosa garoa sumiu. “Os invernos se tornaram menos rigorosos. Relatórios do Observatório Meteorológico de São Paulo, localizado na Avenida Paulista onde hoje se ergue o MASP, dão conta de que em 27 de julho de 1918 nevou na capital”, relata o geógrafo José Bueno Conti, que há trinta anos lenciona na Universidade de São Paulo. 
“Os ventos nas áreas urbanas também se alteraram bastante. No inicío do século predominavam os que vinham do sudeste e eles se orientavam os que vinham do sudeste e eles se orientavam pelos vales dos rios Tiête e Pinheiros. Hoje, com os edifícios, os ventos de superfície (de até 20 metros acima do solo) são barrados por uma espécie de paredão formado por essas construções”, explica o professor Conti. Não é só a capital paulista que sofre com as ilhas de calor. Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre já são identificadas assim, pois também tiveram suas temperaturas médias e seus níveis de chuvas elevados e pagam o preço da urbanização e do desmatamento.



Para saber mais 

Ilha de calor nas metrópoloes, o exemplo de São Paulo
Magda Adelaide Lombardo, Editora Hucitec, São Paulo, 1985
 http://super.abril.com.br/ciencia/redomas-calor-521457.shtml

Efeito Estufa e o Clima : O que a ciência sabe ?


O equilíbrio do clima pode ser abalado pela ação humana? Se pode, quanto? 
Nesse caso, o que fazer? Saiba por que os estudiosos ainda não chegaram a um acordo.
Há dez anos, os cientistas acordaram para o perigo de um superaquecimento do planeta provocado pela ação humana. A concentração de dióxido de carbono (gás carbônico ou CO2) no ar vinha crescendo e isso poderia implicar numa elevação da temperatura. Ele agravaria ainda mais o chamado efeito estufa, a concentração de certos gases na atmosfera, que impedem a dissipação do calor que vem da Terra.
Um esclarecimento: existe hoje uma certa histeria em torno do efeito estufa, como se ele tivesse sido inventado anteontem, ou como se os mares fossem entrar em ebulição depois de amanhã. Na verdade, ele acontece há bilhões de anos, impede o planeta de virar uma pedra congelada (ele seria exatos 33 ºC mais frio) e o gás mais importante nesse processo — o vapor d’água — tem um ciclo que não depende dohomem.
O CO2 também contribui, embora em medida menor. Determinar a relação que há entre a emissão dessegás e o clima na Terra é muito difícil mas, mesmo assim, vários pesquisadores começaram, no fim dos anos 80, a associá-lo a um futuro mais quente. Em abril passado, representantes de 170 países reuniram-se em Berlim, Alemanha, para tentar responder à pergunta: afinal, vai mesmo esquentar? A SUPER foi a Berlim, acompanhou a Conferência sobre o Clima e ouviu alguns dos maiores especialistas do mundo. A seguir, você vai entender o que ainda é mistério, o que é fato, o que é exagero e o que é destempero de alarmistas na discussão sobre o equilíbrio do clima.
A imprensa sensacionalista gosta de exageros: milhões morrendo de sede, os gelos da Antártida derretendo e inundando meio mundo. Cuidado: não é preciso uma mudança tão grande para prejudicar, e muito, a economia, a agricultura e o cotidiano. Um aumento de um ou dois graus na temperaturamédia global — que hoje é de cerca de 15 oC — transtornaria o mapa agrícola da Terra. Três graus a mais nos oceanos duplicariam o número de furacões. Ou seja: o homem pode pôr tudo a perder bem antes de as geleiras derreterem.
O problema é que os cientistas não concordam quanto à relação exata entre a ação humana e a elevação dos termômetros. Alguns, como o alemão Klaus Hasselmann, do Instituto de Meteorologia Max Plank, de Hamburgo, Alemanha, acreditam que a humanidade é o vilão. Para ele, há “95% de probabilidade de que o homem seja o principal responsável” pelo aquecimento global. Outros, como o americano Richard Lindzen, do MIT (Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos), acham tudo isso um exagero. Para ele, “não há uma prova científica definitiva” das relações entre a produção humana de gases do efeito estufa e mais calor no planeta.
A ida e a volta dos cientistas sobre as complicações do clima aumentou com o tempo, para desespero dos ecologistas. Isso era previsível: quanto mais se aprende, mais dúvidas aparecem. Paira no ar um certo ceticismo: a catástrofe virá ou não virá?
Nos anos 80, criou-se um organismo internacional, o IPCC (sigla para Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, em inglês), reunindo especialistas com o aval da ONU e da Organização Meteorológica Mundial. O IPCC consolidou todas as informações científicas disponíves em um relatório publicado em 1990, onde se afirmava que a temperatura média aumentaria 0,3oC por década nos próximos 100 anos, se nada mudasse. Por isso, países como a Alemanha comprometeram-se, na época, a reduzir em 25% suas emissões de CO2 até 2005, tendo como base o ano de 1990.
Novos estudos, acumulados nos últimos cinco anos, mudaram o quadro: por que não está ficando mais quente, se a emissão de gases está aumentando? Quanto teria que crescer a concentração de CO2 para que o clima mudasse realmente? Como interagem os diversos gases? Em um documento do IPCC recém-divulgado na Grã-Bretanha, os climatologistas tentam explicar algumas discrepâncias, como você verá na próxima página. Mas a catástrofe parece adiada, ao menos por enquanto.
Climate Change 1994, um livro de 340 páginas, editado na Grã Bretanha pelo IPCC há poucas semanas, apresenta o que há de mais quente (sem trocadilho) na pesquisa científica atual: qual o efeito no clima de certas partículas sólidas (chamadas aerossóis), como a cinza de vulcões que ficam suspensas na alta atmosfera? Os prognósticos pessimistas mudam quando se incluem esses aerossóis no cenário? Para responder a essa questão, os cientistas traçam modelos que envolvem montanhas de cálculos e estatísticas feitos com auxílio de supercomputadores, com o objetivo de tentar prever o clima do mundo nos próximos anos.
O Climate Change traz uma boa notícia. Os aerossóis esfriam, e bastante, a temperatura. Eles podem aparecer como resultado da ação humana (queimar carvão, por exemplo, produz dióxido de enxofre, que reage com outros gases, criando partículas suspensas), ou pela erupção de vulcões, como o Pinatubo , que explodiu nas Filipinas em 1991 lançando milhões de toneladas de cinzas no ar. Mas não se sabe ainda o quanto exatamente eles esfriam o planeta.
Às vezes, o efeito “antiestufa” dos aerossóis poderia chegar a superar a ação do gás carbônico, pelo menos em intervalos curtos de tempo e em regiões determinadas. Como seu papel na balança depende do tamanho das partículas, da sua composição química e de fatores como a umidade atmosférica local, prever seu efeito preciso, e em larga escala, ainda não foi possível.
É aí que entram outra vez os grandes “fazedores” de modelos. Um dos centros mais avançados do mundo fica na Grã-Bretanha: é o Hadley Centre. Seus pesquisadores montam projeções sobre tudo: desde a previsão do tempo no ano 2100, se a emissão de gás carbônico continuar como está, até o regime de chuvas pelo mundo nos próximos dez anos.
Em Berlim, o Hadley mostrou estudos para avaliar o papel dos aerossóis antropogênicos (produzidos pelohomem). Surpresa: em algumas regiões industriais, como o nordeste dos Estados Unidos, atemperatura cairia 7 graus em 20 anos, somente em função da capacidade dos aerossóis de refletir aenergia vinda do Sol (o chamado efeito direto), caso o CO2 não estivesse presente.

Para saber mais:
El Niño, um susto com hora marca
(SUPER número 3, ao 7)
O clima está mudando?
(SUPER número 3, ano 8)
Será que vai chover
(SUPER número 3, ano 11)


Dá para lucrar?
Para o cientista político alemão Klaus Meyer-Abich, da Universidade de Essen, “não estamos todos no mesmo barco, como se costuma dizer; alguns podem ganhar e outros perder com as mudanças climáticas”. A tese de que alguns poderiam ganhar com mais calor seduziu vários especialistas. O Brasil se tornaria um país árido, e a Sibéria, o celeiro do mundo..



El Niño misterioso
O El Niño, que aparece em vermelho na foto abaixo, indicado por uma seta, é o maior fenômeno climático global: de tempos em tempos, uma enorme quantidade de água no Pacífico Equatorial se aquece, mudando o regime de ventos no mundo. O maior El Niño do século, que começou em 1982, causou danos de US$ 8,11 bilhões. O conquistador espanhol do Peru, Francisco Pizarro, deve ter cruzado com os efeitos dele em 1532. Ele anotou em suas crônicas que a região estava inundada pelas chuvas. Desde o fim dos anos 80, a TAO (Tropical Array Ocean), uma rede de 69 bóias espalhadas pelo Pacífico, registra diariamente sua temperatura. Acreditava-se que El Niño acontecia a cada sete anos, mas dados recentes mostram uma mudança: nos últimos doze anos, houve quatro. Vários cientistas acreditam que a interferência humana na atmosfera tem culpa nessa alteração. Outra teoria, recentemente anunciada, afirma que o fenômeno é causado pelo calor do magma vulcânico liberado no fundo do Oceano Pacífico..



Tempo e colheita
A previsão do tempo não tem somente o objetivo de determinar se as pessoas devem ou não usar galochas ao sair na rua. As companhias de seguros que o digam. Perdem bilhões com o clima. Somente em 1992, catástrofes climáticas deixaram um prejuízo de 27,1 bilhões de dólares.E há o problema da produção agrícola. Colheitas inteiras podem ser — e freqüentemente são — destruídas por excesso ou falta de chuva.
Um calor imprevisto ou um inverno mais prolongado reduzem o rendimento de uma determinada região. Nas bolsas de mercadorias, como a da cidade americana de Chicago (na foto), nos Estados Unidos, aposta-se sobre a produção futura de determinadas commodities, como a soja, o açúcar e o café. As previsões semestrais de colheita, cujas estimativas são feitas em função de modelos climáticos, influenciam diretamente os preços futuros. E esses valores, por sua vez, influenciam os agricultores na escolha de quanto e do quê vão plantar.



Ecologistas mostram o pior dos mundos
Greenpeace produziu um relatório com centenas de sinais de mudanças no clima. O grupo critica os governos. Acha que eles não divulgam os piores cenários possíveis:
*Meteorologistas do Centro Hadley disseram que 1994 foi o “ano mais quente já registrado”.
*A temperatura média
global subiu 0,5 oC desde
meados do século XIX.
*Cientistas argentinos
detectaram o derretimento
de geleiras na Antártida.
*Tempestades custaram mais de US$ 100 bi nos últimos 5 anos.
*1990 foi um ano recordista
em número de furacões nos Estados Unidos: 1 126.
*Seguradoras gastaram
mais de US$ 62 bilhões com catástrofes climáticas em 1992.


Glossário
Efeito estufa: É o fenômeno pelo qual alguns gases atmosféricos, principalmente o vapor d’água e o CO2, retém parte da energia irradiada pelo planeta, aumentando a temperatura.
IPCC: Sigla para Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, em inglês. É o grupo “oficial” de especialistas sobre o tema. Um brasileiro, Luiz Gylvan Meira Filho, preside um dos grupos de trabalho.
FCCC: Sigla para Convenção Quadro sobre Mudanças do Clima, em inglês. É o documento aprovado em 9 de maio de 1992, na ONU, que reúne o consenso mundial, alcançado até agora, sobre as mudanças do clima.
Buraco de ozônio: A descoberta de que os clorofluorcarbonetos, antes usados em geladeiras, reagem com o ozônio (O3) que protege o planeta contra os raios ultra-violetas, é de 1974. Em 1985, uma equipe britânica registrou pela primeira vez um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida, indicado por uma seta nessa foto de satélite de 30 de novembro de 1992.

OI OI OI OI OI OI OI OI

Como pedido do nosso professor,vamos postar aqui algumas atividades relacionado ao nosso assunto e todo o conteúdo que postamos até agora. Assim iremos saber se o blog atingiu o objetivo,e se conseguimos passar algum conhecimento do nosso tema! 

Atividades : 

1. A formação dos diferentes tipos de clima da Terra depende diretamente, de três fatores fundamentais. Quais são eles ? 

2. Cite elementos que podem influenciar na dinâmica climática: 

3. Diferencia tempo e clima: 

4.As zonas climáticas são influenciadas pela atuação de massas de ar. Cite-os e a descreva.

5. Quais ão os três atributos climáticos mais importantes.

6. A grande diversidade verificada na conjunção dos fatores climáticos pela superfície do planeta da origem a vários tipos de clima. Quais são ele ? 

7. El ninõ é um fenômeno climático ligado ao aquecimento agudos do Oceano Pacífico Na sua parte tropical. Cite duas consequências desse fenômeno:

8.O que é inversão térmica?

9.Um fenômeno, que está acabando com o nosso planeta é o efeito estufa. Como é causado e as principais consequências ? 

10. Fale sobre a chuva acida e quais são as suas consequências : 

É isso :)

O que realmente são fenômenos climáticos ?

Um fenômeno climático é qualquer atividade que ocorre na atmosfera de um dado corpo celeste, tal como um planeta ou um satélite. É coloquialmente chamada de tempo. O padrão de fenômenos climáticos em um período regular de tempo é conhecido como clima.

O conjunto dos fenômenos atmosféricos (como chuva, temperatura do ar, ou vento) de uma determinada região constitui o que coloquialmente chamamos tempo, que pode mudar de um dia para o outro, ou mesmo de uma hora para outra.

Observando-se as condições do tempo durante alguns anos, nota-se que alguns padrões se repetem: chove mais numa determinada época do ano, do que em outra, o calor aumenta e diminui conforme as estações do ano e assim por diante. A sucessão dos tipos de tempo registrada em determinada região é chamada clima. A ciência que estuda as variações do tempo e do clima é chamada de meteorologia.

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20110920062323AA8VYxH
O entendimento e a caracterização do clima de um lugar dependem do estudo do comportamento do tempo durante pelo menos 30 anos: das variações da temperatura e da umidade, do tipo de precipitação (chuvas, neve ou granizo), da sucessão das estações úmidas e secas etc. Por essa razão, o clima é definido por Max Sorre como uma "sucessão habitual dos tipos de tempo num determinado local da superfície terrestre", enquanto o tempo é apenas o estado da atmosfera de um lugar, num determinado momento.

CONCEITOS:
 Elementos climáticos: São grandezas meteorológicas que variam no tempo e no espaço e comunicam, ao meio atmosférico. Suas características e propriedades peculiares são temperatura, umidade, chuva, vento, nebulosidade, pressão atmosférica, radiação solar etc.

Fatores climáticos: Influenciam os elementos climáticos, modificando o clima de um local. São eles o relevo, tipo de solo, latitude, altitude etc.
ELEMENTOS DO CLIMA: Os elementos do clima são os atributos básicos que servem para definir o tipo climático de uma determinada região como a temperatura, a umidade e a pressão atmosférica.
UMIDADE: Corresponde à quantidade de vapor de água que encontramos na atmosfera. Pode ser expressa em valores absolutos ou relativos:A umidade absoluta do ar é a quantidade (em gramas) de vapor d'água.A umidade relativa do ar é obtida através da relação entre a umidade absoluta (a quantidade de vapor de água do ar) e o ponto de saturação (a quantidade máxima de vapor de água que o ar consegue reter), em determinado local e momento. Ela é expressa em porcentagem (%). Quando, na atmosfera, a umidade atinge o ponto de saturação, ela libera água que cai sobre o solo em forma de chuva ou outros tipos de precipitação.A umidade é relativa ao ponto de saturação de vapor de água na atmosfera, que é de 4%. Quando a atmosfera atinge essa porcentagem, ou se satura de vapor, ocorre as chuvas. Muitas vezes escutamos no jornal falarem que a umidade relativa do ar é, por exemplo, de 60%. Isto quer dizer que estamos a 60% da capacidade máxima de retenção de vapor de água na atmosfera. Quando está chovendo, a umidade relativa do ar está em 100%, ou 4% em termos absolutos. Portanto, quando a umidade relativa do ar está por volta de 60%, está em 2,4% de vapor em termos absolutos.
PRESSÃO ATMOSFÉRICA : A pressão atmosférica é a força provocada pelo peso do ar sobre uma superfície, cujo valor é expresso milibares (mb). Ela depende da latitude, altitude e temperatura.Quanto maior a altitude, menor a pressão. Quanto menor a latitude, menor a pressão. Nas regiões mais quentes, região equatorial, o ar se dilata ficando leve, por isso tem uma baixa pressão. Próximo aos pólos, o frio contrai o ar, deixando mais denso, tendo uma maior pressão. No entanto, em regiões mais elevadas, de menor temperatura, também há menor concentração de moléculas de ar (ar mais rarefeito) e, neste caso, menor será a pressão.
TEMPERATURA: A temperatura, medida em graus Celsius (ºC), registra o calor da atmosfera de um lugar, cuja variação depende da sua localização e da circulação atmosférica.
RADIAÇÃO: É o calor recebido de tudo que rodeia o animal (sol, paredes, outros animais, o solo etc). Somente 31% da radiação solar atinge a superfície terrestre. 30% é refletida pelas camadas de nuvens e volta para o espaço e 6% é refletido pelo solo. Cerca de 15% é absorvida na atmosfera, pelo vapor de água, CO2 e partículas (aerossóis). Aproximadamente 3% é absorvido na ionosfera, na formação do ozônio. Cerca de 15% da radiação solar incidente é dispersada pelas partícula sólidas e gasosas.

FATORES DO CLIMA. Os fatores climáticos são os responsáveis pelas características ou modificações dos elementos do clima e devem ser analisados em conjunto: uma localidade, por exemplo, pode estar perto do mar e ser seca, ou pode estar próxima a linha do equador e ser fria. Condições físicas ou geográficas que condicionam o clima interagindo nas condições atmosféricas. Cada região tem seu próprio clima, isto porque os fatores climáticos modificam os elementos do clima. Os fatores climáticos são:
LATITUDE refere-se à distância de um determinado ponto na Terra ao Equador, sendo que quanto mais distante menor a temperatura, devido a menor incidência de luz solar. Quanto mais nos afastarmos do Equador, menor a temperatura. A Terra é iluminada pelos raios solares com diferentes inclinações. Quanto mais longe do Equador a incidência de luz solar é menor.ALTITUDE altura em referência ao nível do mar. Quanto maior a altitude, menor a temperatura. Isso ocorre porque o ar se torna rarefeito, ou seja, a concentração de gases e de umidade à medida que aumenta a altitude, é menor, o que vai reduzir a retenção de calor nas camadas mais elevada da atmosfera. Há a questão também que o oceano ou continente irradiam a luz solar para a atmosfera, ou seja, quanto maior a altitude menos intensa será a irradiação.MASSAS DE AR são grandes blocos de ar que se deslocam pela superfície terrestre. Podem ser polares, tropicais ou equatoriais, apresentando características particulares da região em que se originaram, como temperatura, pressão e umidade. O encontro de duas massas, geralmente uma fria e outra quente, é denominada de frente. Quando elas se encontram ocorrem chuvas e o tempo muda. As massas de ar tropicais se formam nos trópicos de Capricórnio e de Câncer. Elas podem se formar na altura dos oceanos (oceânicas) e serem úmidas; serão secas se forem formadas no interior dos continentes (continental). As massas polares são frias. Isto porque elas se formam em regiões de baixas temperaturas, como o nome já diz, nas regiões polares. Elas também são secas, visto que as baixas temperaturas não possibilitam uma forte evaporação das águas. As massas equatoriais são quentes, se formam próximas a linha do Equador.CONTINENTALIDADE. A extensão dos continentes é um fator climático. A relação entre o volume de terras e a proximidade de grandes quantidades de água exerce influência na temperatura. Isso porque a água demora a se aquecer, enquanto os continentes se aquecem rapidamente. Por outro lado, ao contrário dos continentes, a água demora a irradiar a energia absorvida. Por isso, o Hemisfério Norte tem invernos mais rigorosos e verões mais quentes, devido a quantidade de terras emersas ser maior, ou seja, sofre influência da continentalidade. Áreas costeiras tendem a ser mais frias que as áreas continentais.CORRENTES MARÍTIMAS são as massas de água que circulam pelo oceano. Tem suas próprias condições de temperatura e pressão e exercem grande influência no clima.RELEVO a topografia pode facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar, influenciando na temperatura. No Brasil, por exemplo, as serras no Centro-Sul do país formam uma “passagem” que facilita a circulação da massa polar atlântica e dificulta a massa tropical atlântica.VEGETAÇÃO impede a incidência direta dos raios solares na superfície, amenizando o aquecimento. Por isso, com o desmatamento há diminuição de chuvas, visto a umidade diminuir, e há um aumento da temperatura na região.O FATOR HUMANO. A história da Terra registra grandes alterações climáticas, antes mesmo da presença humana. A condição para o desenvolvimento da vida nas terras emersas do planeta dependeu, inclusive, de modificações na composição química da atmosfera. Mas estas mudanças ocorreram em grandes espaços de tempo. Atualmente as alterações climáticas e os problemas que elas projetam para o futuro são resultantes, principalmente, das atividades humanas. A poluição atmosférica tem aumentado em escala progressiva há mais de dois séculos, a partir da Revolução Industrial. A industrialização inaugurou o uso em grande escala dos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), principais responsáveis pelas mudanças climáticas que ameaçam o planeta na atualidade. A sociedade de consumo baseada no aumento da produção e oferta de bens materiais, é outra conseqüência da "civilização industrial". No século 20, o automóvel representou a face mais visível dos valores desta sociedade, hoje é o principal responsável pela poluição atmosférica nas grandes cidades.A dilapidação dos recursos naturais, o desmatamento, a deterioração dos rios, a construção de represas e muitas outras realizações humanas, exercem também influências negativas sobre o clima. Lidar com estas questões e propor soluções estão entre os desafios a ser enfrentados no século 21.

Elementos e fatores climáticos

O entendimento e a caracterização do clima de um lugar dependem do estudo do comportamento do tempo durante pelo menos 30 anos: das variações da temperatura e da umidade, do tipo de precipitação (chuvas, neve ou granizo), da sucessão das estações úmidas e secas etc. Por essa razão, o clima é definido por Max Sorre como uma "sucessão habitual dos tipos de tempo num determinado local da superfície terrestre", enquanto o tempo é apenas o estado da atmosfera de um lugar, num determinado momento. 

CONCEITOS

Elementos climáticos: São grandezas meteorológicas que variam no tempo e no espaço e comunicam, ao meio atmosférico. Suas características e propriedades peculiares são temperatura, umidade, chuva, vento, nebulosidade, pressão atmosférica, radiação solar etc.

Fatores climáticos: Influenciam os elementos climáticos, modificando o clima de um local. São eles o relevo, tipo de solo, latitude, altitude etc.

ELEMENTOS DO CLIMA

Os elementos do clima são os atributos básicos que servem para definir o tipo climático de uma determinada região como a temperatura, a umidade e a pressão atmosférica.

UMIDADECorresponde à quantidade de vapor de água que encontramos na atmosfera. Pode ser expressa em valores absolutos ou relativos:

  • A umidade absoluta do ar é a quantidade (em gramas) de vapor d'água.
  • A umidade relativa do ar é obtida através da relação entre a umidade absoluta (a quantidade de vapor de água do ar) e o ponto de saturação (a quantidade máxima de vapor de água que o ar consegue reter), em determinado local e momento. Ela é expressa em porcentagem (%). Quando, na atmosfera, a umidade atinge o ponto de saturação, ela libera água que cai sobre o solo em forma de chuva ou outros tipos de precipitação.
A umidade é relativa ao ponto de saturação de vapor de água na atmosfera, que é de 4%. Quando a atmosfera atinge essa porcentagem, ou se satura de vapor, ocorre as chuvas. Muitas vezes escutamos no jornal falarem que a umidade relativa do ar é, por exemplo, de 60%. Isto quer dizer que estamos a 60% da capacidade máxima de retenção de vapor de água na atmosfera. Quando está chovendo, a umidade relativa do ar está em 100%, ou 4% em termos absolutos. Portanto, quando a umidade relativa do ar está por volta de 60%, está em 2,4% de vapor em termos absolutos.
PRESSÃO ATMOSFÉRICAA pressão atmosférica é a força provocada pelo peso do ar sobre uma superfície, cujo valor é expresso milibares (mb). Ela depende da latitude, altitude e temperatura.

Quanto maior a altitude, menor a pressão. Quanto menor a latitude, menor a pressão. Nas regiões mais quentes, região equatorial, o ar se dilata ficando leve, por isso tem uma baixa pressão. Próximo aos pólos, o frio contrai o ar, deixando mais denso, tendo uma maior pressão. No entanto, em regiões mais elevadas, de menor temperatura, também há menor concentração de moléculas de ar (ar mais rarefeito) e, neste caso, menor será a pressão.
TEMPERATURAA temperatura, medida em graus Celsius (ºC), registra o calor da atmosfera de um lugar, cuja variação depende da sua localização e da circulação atmosférica.
RADIAÇÃOÉ o calor recebido de tudo que rodeia o animal (sol, paredes, outros animais, o solo etc). Somente 31% da radiação solar atinge a superfície
terrestre. 30% é refletida pelas camadas de nuvens e volta para o espaço e 6% é refletido pelo solo. Cerca de 15% é absorvida na atmosfera, pelo vapor de água, CO2 e partículas (aerossóis). Aproximadamente 3% é absorvido na ionosfera, na formação do ozônio. Cerca de 15% da radiação solar incidente é dispersada pelas partícula sólidas e gasosas.

FATORES DO CLIMA

Os fatores climáticos são os responsáveis pelas características ou modificações dos elementos do clima e devem ser analisados em conjunto: uma localidade, por exemplo, pode estar perto do mar e ser seca, ou pode estar próxima a linha do equador e ser fria. 

Condições físicas ou geográficas que condicionam o clima interagindo nas condições atmosféricas. Cada região tem seu próprio clima, isto porque os fatores climáticos modificam os elementos do clima. Os fatores climáticos são:

LATITUDErefere-se à distância de um determinado ponto na Terra ao Equador, sendo que quanto mais distante menor a temperatura, devido a menor incidência de luz solar. Quanto mais nos afastarmos do Equador, menor a temperatura. A Terra é iluminada pelos raios solares com diferentes inclinações. Quanto mais longe do Equador a incidência de luz solar é menor.
ALTITUDEaltura em referência ao nível do mar. Quanto maior a altitude, menor a temperatura. Isso ocorre porque o ar se torna rarefeito, ou seja, a concentração de gases e de umidade à medida que aumenta a altitude, é menor, o que vai reduzir a retenção de calor nas camadas mais elevada da atmosfera. Há a questão também que o oceano ou continente irradiam a luz solar para a atmosfera, ou seja, quanto maior a altitude menos intensa será a irradiação.
MASSAS DE ARsão grandes blocos de ar que se deslocam pela superfície terrestre. Podem ser polares, tropicais ou equatoriais, apresentando características particulares da região em que se originaram, como temperatura, pressão e umidade. O encontro de duas massas, geralmente uma fria e outra quente, é denominada de frente. Quando elas se encontram ocorrem chuvas e o tempo muda. As massas de ar tropicais se formam nos trópicos de Capricórnio e de Câncer. Elas podem se formar na altura dos oceanos (oceânicas) e serem úmidas; serão secas se forem formadas no interior dos continentes (continental). As massas polares são frias. Isto porque elas se formam em regiões de baixas temperaturas, como o nome já diz, nas regiões polares. Elas também são secas, visto que as baixas temperaturas não possibilitam uma forte evaporação das águas. As massas equatoriais são quentes, se formam próximas a linha do Equador.
CONTINENTALIDADEA extensão dos continentes é um fator climático. A relação entre o volume de terras e a proximidade de grandes quantidades de água exerce influência na temperatura. Isso porque a água demora a se aquecer, enquanto os continentes se aquecem rapidamente. Por outro lado, ao contrário dos continentes, a água demora a irradiar a energia absorvida. Por isso, o Hemisfério Norte tem invernos mais rigorosos e verões mais quentes, devido a quantidade de terras emersas ser maior, ou seja, sofre influência da continentalidade. Áreas costeiras tendem a ser mais frias que as áreas continentais.
CORRENTES MARÍTIMASsão as massas de água que circulam pelo oceano. Tem suas próprias condições de temperatura e pressão e exercem grande influência no clima.
RELEVOa topografia pode facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar, influenciando na temperatura. No Brasil, por exemplo, as serras no Centro-Sul do país formam uma “passagem” que facilita a circulação da massa polar atlântica e dificulta a massa tropical atlântica.
VEGETAÇÃOimpede a incidência direta dos raios solares na superfície, amenizando o aquecimento. Por isso, com o desmatamento há diminuição de chuvas, visto a umidade diminuir, e há um aumento da temperatura na região.

O FATOR HUMANO

A história da Terra registra grandes alterações climáticas, antes mesmo da presença humana. A condição para o desenvolvimento da vida nas terras emersas do planeta dependeu, inclusive, de modificações na composição química da atmosfera. Mas estas mudanças ocorreram em grandes espaços de tempo. 

Atualmente as alterações climáticas e os problemas que elas projetam para o futuro são resultantes, principalmente, das atividades humanas. A poluição atmosférica tem aumentado em escala progressiva há mais de dois séculos, a partir da Revolução Industrial. A industrialização inaugurou o uso em grande escala dos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), principais responsáveis pelas mudanças climáticas que ameaçam o planeta na atualidade. 

A sociedade de consumo baseada no aumento da produção e oferta de bens materiais, é outra conseqüência da "civilização industrial". No século 20, o automóvel representou a face mais visível dos valores desta sociedade, hoje é o principal responsável pela poluição atmosférica nas grandes cidades.

A dilapidação dos recursos naturais, o desmatamento, a deterioração dos rios, a construção de represas e muitas outras realizações humanas, exercem também influências negativas sobre o clima. Lidar com estas questões e propor soluções estão entre os desafios a ser enfrentados no século 21.

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/geografia/geografia_geral/clima/clima_fatores_elementos